sexta-feira, 26 de agosto de 2011

o pintor

para joniel veras














nas ribanceiras do hipocampo

tinha começado essa hq já há alguns anos, ficou retida até então, sem texto, só agora retomei. na verdade, esse é um discurso sem a menor pretensão de satisfazer teorias nem fundamentos estéticos, não passa de uma brincadeira narrativa com o que restou de imagens, outrora focais, agora elementos de um conjunto de sucata virtual, espólio pictórico de um pequeno acervo disperso por aí. até onde a pintura pode se aproximar das histórias em quadrinhos,  não faço idéia, creio que em algum momento essas duas expressões se acumulam e se cumpliciam. pode ser que aqui tenha ocorrido essa função.

amaral



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

zabelê














uma trilha visual

zé rodrigues é um músico e compositor de grande sensibilidade. essa cantiga, dele e do maestro aurélio melo, autor da melodia, foi a vencedora do fespapi, festival de música do parque piauí, de 1979. zabelê, conta um drama entre povos inimigos, pimenteiras e amanajós, e mais um caso universal de amor proibido. o coração de zabelê escolhe metaramandahu, seu pretendente, desconsolado, os persegue. daí nasce a lenda de uma bela ave que anda sempre junto a outra, de espécie diferente, perseguida eternamente por um gato maracajá e este, pelos caçadores. acredito que por aí se encontre o antídoto da barbárie, através de um centimentro de profunda integração e agregação.

mais uma vez, uso o velho e bom corel draw para mostrar que de qualquer maneira se amolece o eixo cartesiano.

amaral

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

caramujoblue















música e hq

essa hq faz parte de um projeto de quadrinização melódica, de quadrinizar canções ou musicar quadrinhos. carmujoblue é um fragmento de uma pequena e insignificante obra musical a qual não consigo me desvencilhar. publicada na 4ª ocorrência, vetor pagão, em preto e branco, aqui  no orbitalseguinte, onde os espelhos circunscrevem a luz de cada refração, a floresta decompõe na noite oblíqua a metáfora do matriarcado nas culturas primitivas na fumaça do ritual, na usura do pajé.


amaral

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

para o amigo e poeta rubervan du nascimento, lá de de upaon açu


upaon açu









um hot-serial-dog-killer
bruno azevedo é um  dos representantes da mais nova geração de escritores de são luiz. nesa hq  a parceria não se deu pelo discurso verbal e sim pela sua personagem, o monstro souza, um hot-serial-dog-killer, que vive nas galerias escuras da cidade.  aqui, no hipocampo onde as lentes se alastram, o monstro é só  um louco de rua que acredita ser um cachorro-quente. mais uma série do tecido vetor
o qual venho desfiando já há algum tempo.


amaral

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

uma rachadura na ampulheta




 












o drama pós-humano e outros dramas


sempre tive dificuldades em quadrinizar um roteiro. é uma deficiência que acredito ter origem ainda no processo de aprendizagem. o fato de  ter aprendido quase tudo sozinho, sem um processo sistematizado, de etapas e desenvolvimento, pode ter criado um erro no sistema e dificultado essa operação.

começo aqui, com essa hq, em parceria de um grande amigo, parceiro e correspondente de longas datas, conhecido artista de todo universo hq, edgar franco, o profeta da aurora pós-humana, artista e pesquizador de grande tino.

esse poema, há muitos anos que me enviou, é um texto de grande carga autoral, edgar imprimiu nele, todo o drama pós-humano de forma lírica e emblemática do seu universo e de toda a teia virtual e de rebelião ao foco, na qual me reconheci e me senti muito à vontade. achei que seria a oportunidade de usá-lo como laboratório para corrigir essa minha deficiência. o resultado é esse vetor. usei algumas aquarelas scaniadas, no fundo, o restante, o desenho é todo vetorizado. 


amaral